A evolução dos banquetes de formatura

Mesas dispostas para banquete em contra luz

Os banquetes de formatura são uma tradição profundamente enraizada em diversas culturas, representando um marco significativo na vida académica e social dos estudantes. Ao longo dos séculos, estas celebrações evoluíram, adaptando-se aos contextos históricos, sociais e económicos de cada época. Este artigo explora a evolução dos banquetes de formatura, desde as suas origens até aos dias de hoje, destacando as mudanças nos costumes, nos locais e nas práticas associadas a estas ocasiões memoráveis.

Os banquetes de formatura têm as suas raízes na Idade Média, quando as universidades europeias, como a Universidade de Bolonha e a Universidade de Paris, começaram a estabelecer tradições cerimoniais para marcar a conclusão dos estudos. Estas celebrações eram frequentemente associadas a rituais religiosos e académicos, reflectindo a forte ligação entre a Igreja e a educação na época. Os estudantes, muitas vezes acompanhados por professores e membros da comunidade, reuniam-se para comemorar as suas conquistas com refeições simples, mas significativas.

Com o advento do Iluminismo e a expansão das universidades no século XVIII, os banquetes de formatura começaram a ganhar um carácter mais secular. As celebrações tornaram-se mais elaboradas, com menus mais sofisticados e a inclusão de discursos e brindes. No século XIX, com o crescimento da classe média e o aumento do acesso à educação superior, os banquetes de formatura tornaram-se eventos sociais de grande importância, muitas vezes realizados em hotéis ou salões de baile.

O século XX trouxe mudanças significativas para os banquetes de formatura, influenciados por factores como as guerras mundiais, a globalização e as transformações culturais. Durante os períodos de guerra, as celebrações foram muitas vezes reduzidas ou suspensas devido a restrições económicas e sociais. No entanto, no pós-guerra, os banquetes de formatura ressurgiram com um novo vigor, reflectindo o optimismo e a prosperidade das décadas de 1950 e 1960.

Nos dias de hoje, os banquetes de formatura são eventos altamente personalizados e diversificados, reflectindo as preferências e os valores das gerações actuais. Muitos estudantes optam por celebrações temáticas, enquanto outros preferem eventos mais tradicionais. A tecnologia também desempenha um papel importante, com a partilha de fotografias e vídeos nas redes sociais a tornar-se uma parte essencial da experiência. Além disso, a sustentabilidade tornou-se uma preocupação crescente, levando muitos organizadores a adoptar práticas ecológicas, como a utilização de materiais recicláveis e a redução do desperdício alimentar.

Literatura recomendada
Braudel, Fernand, Civilization and Capitalism: 15th-18th Century, Vol. 1: The Structures of Everyday Life, Harper & Row, 1981.
Elias, Norbert, The Civilizing Process: Sociogenetic and Psychogenetic Investigations, Blackwell Publishers, 2000.
Strong, Roy, Feast: A History of Grand Eating, Harcourt, 2002.

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