Festivais Gastronómicos Nacionais

O Festival do Bacalhau é o evento mais emblemático do município de Ílhavo, considerada a capital portuguesa do bacalhau. O festival realiza-se anualmente em agosto, tipicamente na terceira semana do mês, com duração de cinco dias, de quarta-feira a domingo.

O evento tem lugar no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, onde são montadas diversas estruturas incluindo o Pavilhão Âncora, tasquinhas, bares e espaços de animação. O festival celebra a forte ligação histórica de Ílhavo à pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e Gronelândia.

Os produtos gastronómicos apresentados centram-se no bacalhau, preparado de múltiplas formas por 14 associações locais que preservam o conhecimento tradicional da sua confeção. São servidas cerca de 22 mil refeições durante o evento, com um consumo estimado de 10 toneladas de bacalhau. O famoso pão de Vale de Ílhavo também marca presença, assim como os vinhos da região da Bairrada.

As atividades são diversificadas e decorrem ao longo de todo o dia. Incluem showcookings com chefs, concursos gastronómicos como “O Meu Bacalhau é Melhor que o Teu”, exposições de artesanato, atividades náuticas (canoagem, vela, stand up paddle), animação infantil, e eventos especiais como a “Corrida Mais Louca da Ria” e a “Volta ao Cais em Pasteleira”. As noites são preenchidas com concertos de artistas nacionais.

O festival integra também uma componente cultural e histórica através do Navio-Museu Santo André, onde se realizam visitas especiais guiadas por antigos tripulantes que partilham memórias da pesca do bacalhau. O evento tem entrada livre e atrai cerca de 180 mil visitantes, sendo um importante investimento na promoção da gastronomia e cultura local, representando um investimento municipal de cerca de 400 mil euros.

O festival demonstra também preocupações ambientais, utilizando copos e toalhetes reutilizáveis, contentores específicos para biorresíduos e detergentes ecológicos, refletindo uma abordagem moderna à preservação das tradições.


A Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço teve início em 1995, começando como uma simples mostra de produtos locais destinada às populações da região. Ao longo dos anos, o evento cresceu significativamente, tornando-se numa das maiores festas gastronómicas do país, tendo inclusive recebido em 2009 o reconhecimento do Turismo de Portugal pelo seu interesse turístico.

O festival realiza-se anualmente durante o mês de abril, ocupando uma área total de 3800m² no Largo do Mercado Municipal de Melgaço. O evento reúne cerca de 29 produtores de vinho Alvarinho da sub-região de Monção e Melgaço, e 16 produtores de produtos locais e inovadores.

Os produtos apresentados incluem os vinhos Alvarinho da região, fumeiro tradicional, mel, salpicão, presunto, broa de Melgaço (todos com Indicação Geográfica Protegida), queijos, roscas e outros produtos regionais. O evento conta também com espaços de restauração onde restaurantes locais apresentam as suas propostas gastronómicas.

As atividades do festival são diversificadas, incluindo showcookings com chefs reconhecidos, provas comentadas de vinhos, concursos de produtos regionais, animação musical com artistas nacionais, grupos folclóricos e DJ’s. O evento oferece ainda atividades paralelas de animação turística, desportiva e enoturismo.

O festival atrai milhares de visitantes de todo o país e da vizinha Galiza, bem como melgacenses emigrados que regressam especialmente para o evento. O certame tornou-se uma importante plataforma de negócios para os produtores locais, permitindo estabelecer parcerias comerciais e promover os produtos da região.


O Festival do Butelo e das Casulas, realizado em Bragança, é um evento que celebra a rica tradição gastronómica da região de Trás-os-Montes, destacando dois produtos emblemáticos: o butelo e as casulas. Este festival surgiu com o objetivo de valorizar e promover estas iguarias, que outrora eram consideradas pratos humildes, mas que hoje são reconhecidas como símbolos da gastronomia local. O butelo, um enchido feito com ossos e carne menos nobre do porco, e as casulas, vagens de feijão secas, são tradicionalmente consumidos juntos, especialmente durante o período do Carnaval. A realização do festival tem contribuído para a crescente popularidade destes produtos, tanto a nível nacional como internacional.

O evento ocorre anualmente na Praça Camões, no centro histórico de Bragança, geralmente no mês de fevereiro, coincidindo com as celebrações do Carnaval. Este local, no coração da cidade, transforma-se num ponto de encontro para produtores, visitantes e entusiastas da gastronomia. Durante o festival, cerca de 40 a 50 expositores apresentam uma ampla variedade de produtos regionais, incluindo fumeiro (como salpicões e chouriças), azeite, mel, vinho, licores e artesanato local. Além disso, a Semana Gastronómica do Butelo e das Casulas, que decorre em paralelo, envolve vários restaurantes da região, oferecendo aos visitantes a oportunidade de degustar pratos tradicionais elaborados com estas iguarias.

O festival não se limita à gastronomia. Inclui também atividades culturais e recreativas, como demonstrações culinárias realizadas por chefs renomados, workshops para crianças, concursos gastronómicos e apresentações de música e dança tradicionais. Em alguns anos, o evento é complementado pelo Carnaval dos Caretos, uma celebração única que traz às ruas de Bragança as figuras mascaradas típicas da região, conhecidas como caretos, que animam o público com desfiles e rituais ancestrais.


A Feira do Mel de Melgaço é um evento anual que celebra a apicultura e a produção de mel, um dos produtos mais emblemáticos da região. Este festival tem como principal objetivo promover o mel de alta qualidade produzido no concelho, bem como valorizar o trabalho dos apicultores locais e a importância da apicultura para a preservação do meio ambiente. A feira é também uma oportunidade para divulgar outros produtos regionais e reforçar a identidade cultural e gastronómica de Melgaço.

A história da Feira do Mel remonta a uma iniciativa local para dar visibilidade à apicultura, uma atividade tradicional em Melgaço, que beneficia das condições naturais da região, como a abundância de flora autóctone e o clima favorável. O evento tem vindo a crescer ao longo dos anos, tornando-se um ponto de encontro para produtores, consumidores e entusiastas do mel e dos produtos derivados.

A feira realiza-se habitualmente no mês de novembro, no centro da vila de Melgaço, mais concretamente no Mercado Municipal. Este espaço é transformado num local de celebração, onde os visitantes podem conhecer e adquirir mel de diferentes variedades, como o mel de urze, muito apreciado pela sua qualidade e sabor característico. Além do mel, são apresentados outros produtos apícolas, como pólen, própolis e cera, bem como produtos regionais complementares, como queijos, enchidos, vinhos, compotas e artesanato.

O evento inclui diversas atividades que enriquecem a experiência dos visitantes. Entre elas, destacam-se as demonstrações de extração de mel, palestras e workshops sobre apicultura, sessões de degustação e concursos que premiam os melhores méis da região. Estas iniciativas têm como objetivo educar o público sobre a importância das abelhas para o ecossistema e incentivar práticas sustentáveis na apicultura. Além disso, a feira é animada por espetáculos de música tradicional, danças folclóricas e atividades para crianças, tornando-a um evento familiar e inclusivo.


A Feira do Vinho Verde de Ponte da Barca é um evento anual que celebra a tradição vitivinícola da região, com especial destaque para o vinho verde, um dos produtos mais emblemáticos do Minho. Este festival tem como principal objetivo promover os vinhos verdes produzidos no concelho e na região envolvente, valorizando a qualidade e a singularidade deste produto, que é um símbolo da cultura e da economia local. A feira também serve como uma plataforma para divulgar outros produtos regionais e atrair visitantes, reforçando a identidade cultural de Ponte da Barca.

A história da Feira do Vinho Verde está intimamente ligada à longa tradição de produção de vinho na região do Minho, onde o clima e o solo criam condições ideais para a viticultura. O evento foi criado como uma forma de dar visibilidade aos produtores locais e de fomentar o reconhecimento do vinho verde, tanto a nível nacional como internacional. Ao longo dos anos, a feira tem crescido em dimensão e notoriedade, tornando-se um dos momentos mais aguardados no calendário cultural e turístico de Ponte da Barca.

A feira realiza-se habitualmente no mês de julho, aproveitando o clima ameno do verão, e tem lugar no centro histórico de Ponte da Barca, junto ao rio Lima. Este cenário pitoresco, com a ponte medieval e a paisagem natural envolvente, oferece um ambiente único para o evento. Durante a feira, o espaço é transformado num mercado ao ar livre, onde os visitantes podem provar e adquirir vinhos verdes de diferentes variedades, produzidos por quintas e adegas locais. Além do vinho, são apresentados outros produtos regionais, como enchidos, queijos, mel, compotas, azeite e artesanato, que complementam a oferta gastronómica.

O programa da Feira do Vinho Verde inclui uma ampla variedade de atividades que enriquecem a experiência dos visitantes. Entre as iniciativas mais populares estão as provas de vinho, conduzidas por enólogos e especialistas, que ajudam o público a conhecer melhor as características e os sabores do vinho verde. Há também workshops sobre viticultura e enologia, concursos que premiam os melhores vinhos da feira, e apresentações de gastronomia regional, onde os pratos típicos são harmonizados com os vinhos locais. A animação cultural é uma parte importante do evento, com espetáculos de música tradicional, concertos, danças folclóricas e atividades para crianças, criando um ambiente festivo e acolhedor.


O Festival de Sabores Mirandeses, realizado em Miranda do Douro, é um evento anual que celebra a riqueza gastronómica e cultural do Planalto Mirandês. Criado há 25 anos, o festival tem como objetivo principal promover os produtos endógenos da região, valorizando a tradição e o saber-fazer local. Ao longo das décadas, tornou-se uma referência na região de Trás-os-Montes, destacando-se como um motor de dinamização económica e cultural.

O festival ocorre geralmente no mês de fevereiro, sendo a edição de 2024 marcada para os dias 16 a 18. O evento é realizado no Jardim dos Frades Trinos, um espaço emblemático da cidade, onde é montada uma tenda climatizada com cerca de 500 metros quadrados. Este local acolhe dezenas de expositores e proporciona um ambiente acolhedor para os visitantes, mesmo durante o inverno.

Os produtos apresentados no festival refletem a autenticidade e a diversidade do Planalto Mirandês. Entre os destaques estão os enchidos tradicionais, como alheiras e chouriços, os queijos artesanais, o mel, as compotas, os vinhos e a doçaria típica. Além disso, o evento dá grande ênfase às raças autóctones da região, como a vitela mirandesa, o cordeiro de raça churra galega mirandesa e os derivados do porco. O artesanato local também ocupa um lugar de destaque, com peças que refletem a identidade cultural da região.

O programa do festival é enriquecido por uma variedade de atividades culturais e recreativas. Entre elas, destacam-se as atuações dos pauliteiros de Miranda, um grupo de dança tradicional que simboliza a herança cultural da região, acompanhados pelos gaiteiros. Há também concertos de artistas nacionais, demonstrações gastronómicas, encontros cinegéticos e degustações de pratos típicos. A língua mirandesa, segunda língua oficial de Portugal, é igualmente celebrada, reforçando o caráter único do evento.

O festival atrai milhares de visitantes, incluindo portugueses de várias regiões do país e espanhóis das províncias vizinhas, como Castela e Leão. Este fluxo de pessoas tem um impacto significativo na economia local, esgotando a capacidade hoteleira e dinamizando o setor da restauração. Para os produtores locais, o evento é uma oportunidade de promover os seus produtos e reforçar a sua presença no mercado.

O Festival de Sabores Mirandeses é, assim, mais do que uma feira gastronómica. É uma celebração da identidade cultural e das tradições do Planalto Mirandês, que une a comunidade local e os visitantes num ambiente de partilha e valorização do património regional.


A Feira do Fumeiro de Vinhais teve início em 1981, começando como uma pequena mostra de produtos locais com meia dúzia de produtores que vendiam chouriças e salpicões em barraquinhas de madeira improvisadas durante a feira quinzenal. O evento realiza-se anualmente em fevereiro, tipicamente durante quatro dias.

Atualmente, a feira decorre num Pavilhão próprio com 1500 metros quadrados, localizado em Vinhais, sendo organizada pela Câmara Municipal em parceria com a Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara (ANCSUB). O evento expandiu-se para incluir vários espaços: Pavilhão do Fumeiro, Espaço Gourmet, área de restaurantes e tasquinhas, Pavilhão do Artesanato/Empresas e Instituições, e zona de exposição de máquinas agrícolas.

Os produtos apresentados são principalmente o fumeiro tradicional de Vinhais, que possui certificação europeia IGP (Indicação Geográfica Protegida). Destacam-se os salpicões, chouriças de carne, butelos, alheiras, chouriços azedos, chouriças doces e presuntos, todos confeccionados com carne de porco bísaro, uma raça autóctone da região.

As atividades incluem concursos do melhor salpicão, demonstrações de corte de presunto, showcookings com chefs convidados, jornadas técnicas sobre o porco bísaro, provas de vinhos comentadas, espetáculos musicais, animação com grupos folclóricos e tradicionais, e chegas de touros. O evento integra também um importante componente técnico-científico através das Jornadas Técnicas do Porco Bísaro.

A feira atrai milhares de visitantes, principalmente do norte do país, com especial destaque para as regiões do Porto e Braga. É também um momento de regresso dos emigrantes vinhaenses que aproveitam para visitar a terra natal. O evento comercializa anualmente cerca de 50 toneladas de enchidos e presunto, envolvendo dezenas de produtores certificados e unidades de transformação.

O festival tornou-se um importante motor económico para a região, contribuindo para a preservação das tradições gastronómicas e para o desenvolvimento do turismo local, tendo estabelecido Vinhais como a “Capital do Fumeiro”.


A Feira do Fumeiro de Montalegre nasceu em 1992, começando de forma modesta com apenas 35 produtores e 1.226 kg de produtos vendidos. O evento realiza-se anualmente em janeiro, tipicamente durante quatro dias.

O certame decorre no Pavilhão Multiusos de Montalegre, um espaço moderno com 1.500 metros quadrados que oferece excelentes condições aos expositores e visitantes. O local inclui uma área principal de exposição, quatro tasquinhas, uma “Praça de Petiscos”, sala de imprensa e auditório.

Os produtos apresentados são principalmente o fumeiro tradicional de Barroso, que possui certificação europeia IGP (Indicação Geográfica Protegida). O evento apresenta salpicões, chouriças de carne, butelos, alheiras, chouriços azedos, chouriças doces, presuntos, e outros produtos fumados produzidos com carne de porco. Além do fumeiro, a feira conta também com mel de urze, pão de centeio, bicas de carne, folar, compotas e licores regionais.

As atividades são diversificadas, incluindo showcookings com chefs reconhecidos, demonstrações de corte de presunto, concursos gastronómicos, exposições de artesanato, animação musical com grupos folclóricos e artistas nacionais, e as tradicionais chegas de bois. O evento oferece também colóquios técnicos e apresentações sobre a produção de fumeiro.

A feira atrai mais de 50 mil visitantes durante os quatro dias, incluindo turistas nacionais e internacionais, emigrantes que regressam especialmente para o evento, e profissionais do setor. São comercializadas anualmente cerca de 50 toneladas de enchidos e presunto.

O evento destaca-se pelo rigoroso controlo de qualidade, que começa um ano antes com a inscrição dos produtores e controlo dos animais, incluindo visitas domiciliárias e verificação da alimentação tradicional. Este sistema garante a manutenção da qualidade e autenticidade dos produtos apresentados na feira.


O Festival da Lampreia de Arcos de Valdevez é um evento gastronómico tradicional que celebra um dos pratos mais emblemáticos da região. O festival realiza-se anualmente durante os meses de fevereiro e março, coincidindo com a época em que a lampreia migra do mar para o rio para desovar.

O evento decorre no centro histórico de Arcos de Valdevez, envolvendo os restaurantes locais e espaços dedicados especificamente ao festival. A localização junto ao Rio Vez é particularmente significativa, dado que este curso de água é tradicionalmente um local importante para a pesca da lampreia.

Os produtos apresentados centram-se principalmente na lampreia, preparada de diversas formas tradicionais. O prato mais emblemático é a Lampreia à Bordalesa, confecionada com vinho tinto, mas também se podem encontrar outras preparações como arroz de lampreia e lampreia em escabeche. Além dos pratos principais, o festival oferece também outros produtos regionais e vinhos verdes da região.

As atividades do festival incluem demonstrações culinárias ao vivo, workshops sobre a preparação tradicional da lampreia, palestras sobre a importância da preservação da espécie e dos ecossistemas ribeirinhos, e apresentações culturais com grupos folclóricos locais. O evento integra também um programa de animação musical e cultural.

O festival atrai milhares de visitantes, incluindo apreciadores de gastronomia tradicional, turistas nacionais e internacionais, e profissionais do setor da restauração. É um evento que contribui significativamente para a economia local e para a preservação das tradições gastronómicas da região.

O evento tem também uma importante componente educativa, sensibilizando para a necessidade de práticas de pesca sustentáveis e a preservação dos recursos naturais do Rio Vez e seus afluentes.


A Feira Gastronómica do Porco de Boticas teve início em 1998, realizando-se anualmente no segundo fim de semana de janeiro, com duração de quatro dias. O evento decorre no Pavilhão Multiusos de Boticas, um espaço com 1500 metros quadrados que oferece excelentes condições aos expositores e visitantes.

O certame nasceu de forma modesta, mas ao longo de mais de duas décadas tornou-se num dos maiores eventos gastronómicos do norte de Portugal, com reconhecimento nacional e internacional, especialmente na vizinha Espanha. É organizado pelo Município de Boticas em parceria com a empresa EHATB (Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso).

Os produtos apresentados centram-se no fumeiro tradicional e derivados do porco, incluindo salpicões, chouriças de carne, butelos, alheiras, chouriços azedos, chouriças doces e presuntos. A qualidade é garantida através de métodos artesanais de produção e um rigoroso controlo de qualidade. O evento comercializa anualmente cerca de 40 toneladas de fumeiro, gerando um volume de negócios de aproximadamente meio milhão de euros.

As atividades incluem concursos do melhor salpicão e melhor chouriça, demonstrações gastronómicas, exposições de artesanato, animação com grupos folclóricos e cantares tradicionais. Um dos pontos altos são as tradicionais chegas de bois, uma tradição secular da cultura popular barrosã. O evento conta também com tasquinhas onde os restaurantes locais apresentam pratos tradicionais.

A feira atrai milhares de visitantes durante os quatro dias, incluindo turistas nacionais e internacionais, sendo considerada uma importante alavanca para a economia local e regional. O evento tem contribuído significativamente para a preservação das tradições gastronómicas e para o desenvolvimento do turismo na região do Barroso, classificada como Património Agrícola Mundial.


O Festival das Papas de Sarrabulho é o evento mais importante do concelho de Amares, tendo já alcançado a sua 20ª edição em 2024. Realiza-se tradicionalmente durante o mês de fevereiro, coincidindo com a época do Carnaval. Em 2024, decorreu entre 10 e 13 de fevereiro.

O evento tem lugar no recinto do Mercado Municipal de Amares, funcionando diariamente das 12h00 às 23h00, exceto no último dia que encerra mais cedo, às 20h00. É uma organização conjunta da Câmara Municipal de Amares e da Associação Empresarial de Braga.

Em termos de gastronomia, o protagonista é naturalmente as Papas de Sarrabulho, um prato tradicional cuja origem remonta ao século XIV, durante a época da peste negra. Os visitantes podem degustar este prato típico acompanhado de rojões à moda do Minho e vinho tinto. Para além do prato principal, o festival oferece outras especialidades como pataniscas de bacalhau, salgados variados, pão com chouriço, bola de carne, broa e caldo verde. Nas sobremesas, destacam-se a famosa laranja de Amares, pudim de laranja e rabanadas.

O festival conta com diversos expositores que apresentam produtos regionais como vinhos verdes de Amares, azeite, enchidos, queijos, artesanato e produtos agropecuários. Há também uma forte presença de doçaria tradicional, incluindo pastéis de nata, bolas de Berlim e pão de ló de Ovar.

O evento tem registado um crescimento significativo em termos de visitantes. Em 2024, são esperadas mais de 30 mil pessoas, prevendo-se um volume de negócios superior a 550 mil euros. O festival tem-se revelado fundamental para a promoção do concelho, da sua gastronomia e produtos locais, contribuindo significativamente para a economia local e para a preservação das tradições gastronómicas da região do Minho.

O evento conta também com o apoio de várias entidades e empresas, incluindo a Delta Cafés, Intermarché de Amares, Entidade Regional Porto e Norte, entre outros parceiros, que contribuem para o seu sucesso e dimensão atual.


O Festival da Broa de Avintes, também conhecido como Festa da Broa, é um dos maiores eventos gastronómicos do concelho de Vila Nova de Gaia, realizando-se anualmente desde 1988. O evento decorre tradicionalmente entre finais de agosto e início de setembro, durante aproximadamente 10 dias.

O festival tem lugar na Quinta do Paço, em Avintes, Vila Nova de Gaia, num recinto que acolhe diversos expositores, palcos e espaços de restauração. A protagonista do evento é a tradicional Broa de Avintes, um pão escuro feito com farinha de milho e centeio, que possui características únicas e é um dos produtos mais emblemáticos da região.

Em termos de atividades, o festival apresenta uma programação diversificada que inclui showcookings diários (Broacooking) com chefs convidados que demonstram diferentes formas de utilizar a broa na gastronomia, concertos com artistas nacionais e locais, teatro, dança, folclore, e animação de rua. Há também espaço para jogos tradicionais, carrosséis e divertimentos para todas as idades.

O evento conta com a participação dos produtores locais de broa, que apresentam e vendem o seu produto, bem como diversas coletividades e associações que mantêm tasquinhas de gastronomia tradicional. Além da broa, podem ser encontrados outros produtos regionais e artesanato.

Uma das particularidades do festival é a recriação de antigas profissões e tradições, como o amolador de facas, o vendedor da banha da cobra, o matador de porcos e os pescadores, especialmente aos fins de semana. Há também encenações históricas, como “A Visita do Conde de Avintes”.

O festival atrai milhares de visitantes não só da região de Gaia, mas de todo o norte do país, tendo-se tornado num importante evento de promoção da gastronomia e cultura local. Para as coletividades participantes, representa uma importante fonte de receitas para as suas atividades anuais.

Em termos de organização, o evento é uma iniciativa conjunta da Junta de Freguesia de Avintes e da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, contando com o apoio de várias entidades locais. Nos últimos anos, foi introduzida uma entrada simbólica de 1 euro aos fins de semana, valor que pode ser descontado em compras superiores a 10 euros no interior do recinto.


O Festival da Francesinha é um dos eventos gastronómicos mais emblemáticos da cidade do Porto, celebrando um dos pratos mais icónicos da região. Com base nas informações disponíveis, apresento uma descrição completa do evento:

O festival tem sido realizado em diferentes locais da cidade do Porto ao longo dos anos, incluindo a Alfândega do Porto e a Praça D. João I. Em edições recentes, o evento decorreu entre setembro e outubro, com uma duração aproximada de 10 dias. Por exemplo, uma das edições realizou-se na Praça D. João I, funcionando das 19h00 à meia-noite durante a semana, e com horário alargado aos fins de semana.

Em termos de organização, o festival reúne diversos restaurantes e estabelecimentos reconhecidos da cidade, cada um apresentando a sua própria versão da famosa francesinha. Os participantes podem encontrar desde a receita tradicional até versões mais inovadoras, incluindo opções vegetarianas e de marisco, demonstrando a versatilidade deste prato típico portuense.

O evento oferece uma experiência gastronómica completa, com os restaurantes participantes servindo não apenas francesinhas, mas também acompanhamentos tradicionais como batatas fritas e cerveja. O festival inclui ainda programação cultural complementar, com música ao vivo, showcookings e demonstrações culinárias onde os chefs partilham algumas das suas técnicas de preparação, mantendo sempre em segredo as receitas dos seus molhos especiais.

A entrada no festival tem variado ao longo das edições, sendo por vezes gratuita durante o dia e com um custo simbólico à noite (cerca de três euros), valor que pode incluir uma bebida. O evento atrai milhares de visitantes, tanto locais como turistas, interessados em descobrir e comparar as diferentes interpretações deste prato emblemático.

Para além do festival principal no Porto, existem eventos similares em localidades próximas, como Santa Maria da Feira e Maia, que também celebram esta iguaria típica. Estes festivais satélite decorrem geralmente entre agosto e setembro, oferecendo aos visitantes a oportunidade de experimentar diferentes versões da francesinha em ambientes festivos e descontraídos.

O Festival Nacional de Gastronomia de Santarém é considerado o evento gastronómico mais emblemático e antigo de Portugal, realizando-se anualmente na Casa do Campino, em Santarém. Com mais de quatro décadas de história, consolida-se como uma referência nacional na promoção da gastronomia tradicional portuguesa.

O evento decorre tradicionalmente entre outubro e novembro, com uma duração aproximada de 10 dias, mantendo a Casa do Campino como seu local histórico de realização.

Em termos de produtos e expositores, o festival reúne uma impressionante variedade: cerca de 30 produtores agroalimentares, 20 espaços de doçaria tradicional, 18 stands comerciais e institucionais, e 30 artesãos. A componente da restauração é assegurada por oito restaurantes permanentes, representando diferentes regiões do país, que oferecem pratos típicos das suas localidades.

O evento destaca-se pela sua programação diversificada, incluindo demonstrações gastronómicas diárias, showcookings com chefs de renome, workshops, e masterclasses. Uma das novidades recentes é o “Espaço Makro”, onde diversos chefs são convidados a criar sobremesas inovadoras, conjugando tradição e modernidade.

A área dos vinhos tem também grande destaque, com a presença de nove regiões vinícolas e um espaço dedicado especificamente ao vinho (AMPV – Associação de Municípios Portugueses do Vinho). O festival inclui ainda um Festival Enogastronómico no salão nobre da Casa do Campino, promovendo harmonizações entre vinhos e gastronomia.

Em termos de visitantes, o evento atrai dezenas de milhares de pessoas anualmente, desde habitantes locais a turistas nacionais e internacionais. O acesso ao festival é facilitado através de bilhetes disponíveis online e em vários pontos de venda, com preços acessíveis (2,50€), sendo gratuito durante os dias de semana até às 18h00.

O festival tem evoluído ao longo dos anos, mantendo suas raízes tradicionais mas adaptando-se às novas tendências gastronómicas. Inclui agora componentes como concursos de cozinha, gravações de programas televisivos, e uma forte aposta na sustentabilidade e redução do desperdício alimentar.

Para além da gastronomia, o evento oferece um programa cultural rico, com música ao vivo, animação de rua, exposições de artesanato e recriações de antigas profissões e tradições. Esta combinação de elementos faz do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém um evento único que celebra não apenas a gastronomia, mas toda a cultura e tradição portuguesa.


O Festival do Maranho, realizado na vila da Sertã, é um evento anual que celebra a gastronomia e as tradições culturais da região da Beira Baixa, com destaque para o maranho, uma iguaria típica local. Este prato, que remonta ao século XIX, é feito com bucho de cabra recheado com carne de cabra, presunto, arroz, hortelã e outros temperos, sendo um símbolo da herança culinária da Sertã. O festival foi criado com o objetivo de promover este produto com Indicação Geográfica Protegida (IGP) e de valorizar a gastronomia regional, atraindo visitantes e dinamizando a economia local.

O evento ocorre todos os anos no mês de julho, aproveitando o clima de verão para criar um ambiente festivo e acolhedor. A Alameda da Carvalha, junto à Ribeira da Sertã, é o principal palco do festival, mas as atividades estendem-se por toda a vila, incentivando os visitantes a explorar diferentes locais e a conhecer melhor a região. Este espaço central é transformado num grande recinto ao ar livre, onde se encontram as tradicionais tasquinhas, restaurantes e expositores que oferecem uma ampla variedade de produtos regionais.

O maranho é o protagonista do festival, mas outros pratos típicos da região também estão em destaque, como o bucho recheado, a sopa de peixe do rio, os enchidos, os queijos e os doces tradicionais, como os cartuxos de amêndoa e as merendas doces. Além da gastronomia, o evento inclui a venda de produtos locais, como vinhos, azeite e artesanato, reforçando a ligação entre a cultura e a economia da região.

O programa do festival é diversificado e inclui atividades para todas as idades. Entre as iniciativas mais populares estão as demonstrações de confeção do maranho, workshops gastronómicos, visitas a produtores locais e showcookings com chefs renomados. A animação cultural é uma parte essencial do evento, com concertos de artistas nacionais, atuações de grupos folclóricos, arruadas de bandas filarmónicas e encontros de concertinas. Outras atividades tradicionais, como a recriação de práticas agrícolas antigas e demonstrações de produção de medronho em alambique, também fazem parte do programa, proporcionando uma experiência autêntica e educativa.

O festival atrai milhares de visitantes, tanto da região como de outras partes do país e do estrangeiro, especialmente da vizinha Espanha. Este fluxo de pessoas tem um impacto significativo na economia local, beneficiando o comércio, a restauração e o turismo. Para os habitantes da Sertã, o evento é uma oportunidade de celebrar a sua identidade cultural e de partilhar as suas tradições com um público mais vasto.


A Feira do Mel e do Queijo de Oliveira do Hospital é um evento anual que celebra dois dos produtos mais emblemáticos da região: o queijo da Serra da Estrela e o mel. Este festival tem como principal objetivo promover a excelência destes produtos, valorizando o trabalho dos produtores locais e reforçando a identidade cultural e gastronómica do concelho. A feira é também uma oportunidade para dinamizar a economia local, atraindo visitantes e divulgando a riqueza do território.

A história da feira está ligada à longa tradição de produção de queijo e mel na região. O queijo da Serra da Estrela, feito a partir de leite de ovelha bordaleira, é um dos produtos mais antigos e prestigiados de Portugal, enquanto o mel, produzido a partir da flora autóctone das serras envolventes, é reconhecido pela sua qualidade e sabor únicos. A feira foi criada como uma forma de dar visibilidade a estes produtos e de apoiar os pequenos produtores, que enfrentam desafios como a desertificação e a concorrência de mercados externos.

O evento realiza-se habitualmente no mês de março, no centro da cidade de Oliveira do Hospital, mais precisamente no Largo Ribeiro do Amaral. Este espaço central é transformado num mercado ao ar livre, onde dezenas de expositores apresentam os seus produtos. O queijo da Serra da Estrela e o mel são os grandes protagonistas, mas a feira inclui também outros produtos regionais, como enchidos, azeite, vinhos, compotas, pão, doçaria tradicional e artesanato. A diversidade de produtos reflete a riqueza do património local e oferece aos visitantes uma experiência autêntica.

O programa da feira é enriquecido por várias atividades que complementam a oferta gastronómica. Entre as iniciativas mais populares estão as provas de queijo e mel, que permitem aos visitantes conhecer melhor as características e os processos de produção destes produtos. Há também demonstrações ao vivo de fabrico de queijo, palestras sobre apicultura e concursos que premiam os melhores queijos e méis da feira. A animação cultural é uma parte importante do evento, com espetáculos de música tradicional, danças folclóricas e atividades para crianças, criando um ambiente festivo e familiar.


O Festival do Pão, realizado em Albergaria-a-Velha, é um evento anual que celebra a tradição da panificação e a importância do pão na cultura e gastronomia portuguesa. Este festival foi criado com o objetivo de valorizar o património cultural associado à produção de pão, uma atividade com raízes profundas na região, e de promover os produtos locais, dinamizando a economia e o turismo do concelho. Ao longo dos anos, o festival tornou-se um dos eventos mais emblemáticos de Albergaria-a-Velha, atraindo milhares de visitantes.

O festival ocorre habitualmente no mês de julho, no Parque de Merendas da Torreão, um espaço amplo e arborizado que oferece um ambiente acolhedor e descontraído para o evento. Este local é transformado num verdadeiro mercado ao ar livre, onde se recria a tradição da panificação, desde a moagem do cereal até à confeção do pão em fornos de lenha. A escolha deste espaço reflete a ligação do festival à natureza e às práticas tradicionais, proporcionando aos visitantes uma experiência autêntica.

O pão é o grande protagonista do festival, com destaque para as variedades tradicionais da região, como o pão de milho, o pão de centeio e o pão de trigo. Além disso, o evento inclui uma vasta oferta de outros produtos regionais, como broas, bolos, compotas, queijos, enchidos, vinhos e azeite. Os visitantes têm a oportunidade de provar e adquirir estes produtos, que refletem a riqueza e a diversidade da gastronomia local.

O programa do Festival do Pão é diversificado e inclui atividades para todas as idades. Um dos momentos mais marcantes é a demonstração ao vivo de fabrico de pão, onde os visitantes podem acompanhar todas as etapas do processo, desde a amassadura até à cozedura nos fornos de lenha. Há também workshops de panificação, onde os participantes aprendem a fazer pão de forma artesanal, e concursos que premiam os melhores pães e broas do festival. A animação cultural é uma parte essencial do evento, com espetáculos de música tradicional, danças folclóricas, teatro de rua e atividades para crianças, como jogos tradicionais e oficinas criativas.


O Festival Internacional do Chocolate de Óbidos é um dos eventos mais doces e atrativos de Portugal, realizando-se anualmente dentro das muralhas da vila medieval de Óbidos. O festival teve início em 2002 e desde então tem vindo a crescer em dimensão e popularidade, tornando-se num dos maiores eventos dedicados ao chocolate na Europa.

O evento decorre tradicionalmente durante o mês de março, estendendo-se por aproximadamente três semanas. Em 2024, o festival celebrou a sua 21ª edição entre 8 e 24 de março, mantendo a sua localização histórica no centro da vila medieval de Óbidos.

O festival transforma a vila num verdadeiro paraíso do chocolate, com diversas atividades e exposições distribuídas por vários espaços históricos, incluindo a Igreja de São João, a Galeria Nova Ogiva e várias tendas temáticas espalhadas pelas ruas medievais. Um dos pontos altos do evento são as esculturas em chocolate, criadas por mestres chocolateiros nacionais e internacionais, que frequentemente retratam monumentos famosos, figuras históricas ou temas contemporâneos.

Em termos de atividades, o festival oferece uma programação diversificada que inclui workshops de chocolate, showcookings com chefs reconhecidos, demonstrações de pastelaria, concursos de chocolate, e atividades específicas para crianças como a “Escola do Chocolate”. Os visitantes podem participar em experiências hands-on, aprendendo a fazer os seus próprios chocolates ou assistindo a demonstrações profissionais.

O evento conta com dezenas de expositores que apresentam uma vasta gama de produtos de chocolate, desde as tradicionais tabletes até criações mais elaboradas e inovadoras. Estão presentes grandes marcas internacionais de chocolate, bem como produtores artesanais portugueses. Além dos produtos tradicionais, podem encontrar-se chocolates gourmet, produtos biológicos, chocolates sem açúcar, e uma variedade de doces e sobremesas à base de chocolate.

Uma das atrações mais populares é a “Chocolate House”, onde os visitantes podem experimentar diferentes tipos de chocolate quente e outras bebidas à base de chocolate. O festival inclui também uma área dedicada à história do chocolate, explicando sua origem, processo de produção e evolução ao longo dos séculos.

Em termos de visitantes, o Festival do Chocolate atrai anualmente mais de 200 mil pessoas, incluindo turistas nacionais e internacionais. O evento tem um impacto significativo na economia local, beneficiando não só os comerciantes diretamente envolvidos no festival, mas também os estabelecimentos hoteleiros e de restauração da região.

O festival tem evoluído ao longo dos anos, incorporando elementos inovadores como shows de luz e som, exposições interativas, e até mesmo desfiles de moda com peças feitas de chocolate. Recentemente, tem havido também uma maior preocupação com questões de sustentabilidade e comércio justo no setor do chocolate.

Para além do chocolate, o evento oferece um programa cultural complementar que inclui concertos, espetáculos de rua, exposições de arte e atividades para toda a família. A combinação única entre o cenário medieval de Óbidos e o mundo do chocolate cria uma experiência verdadeiramente memorável para os visitantes.


O Festival da Caldeirada e do Peixe Fresco é um evento gastronómico que celebra um dos pratos mais emblemáticos da Nazaré e a sua forte tradição piscatória. O festival realiza-se tradicionalmente durante o verão, geralmente entre julho e agosto, aproveitando a época alta do turismo na região.

O evento tem lugar no centro histórico da Nazaré, principalmente na zona da marginal e junto ao porto de pesca, onde se concentram os principais restaurantes e estabelecimentos participantes. A localização permite aos visitantes desfrutarem não só da gastronomia mas também da vista privilegiada sobre o mar e da atmosfera típica desta vila piscatória.

O prato principal em destaque é a famosa Caldeirada à Nazarena ou Caldeirada à Fragateira, que tem uma história que remonta aos tempos em que os pescadores utilizavam o quinhão de peixe (parte que lhes cabia após cada pescaria) para confecionar este prato. Tradicionalmente, incluía os peixes mais pequenos ou com menor valor comercial, mas hoje é preparada com várias espécies nobres como tamboril, safio, cação, raia e lulas, complementados com batatas, tomate, pimentos e os condimentos típicos da região.

Durante o festival, os restaurantes participantes oferecem menus especiais que incluem não só a caldeirada mas também outras especialidades de peixe fresco grelhado, como sardinhas, carapaus, douradas e robalos. Há também pratos de marisco, como arroz de marisco, açorda de marisco e cataplanas de peixe e marisco.

O evento inclui demonstrações culinárias ao vivo, onde os chefs locais mostram a preparação tradicional da caldeirada e outros pratos típicos. Há também animação cultural com grupos folclóricos locais, que apresentam as danças e cantares tradicionais da Nazaré, muitas vezes com os dançarinos vestindo os trajes típicos, incluindo as famosas sete saias das mulheres nazarenas.

O festival atrai milhares de visitantes, tanto nacionais como estrangeiros, que além da gastronomia podem também conhecer outras tradições locais, como a secagem do peixe ao sol, uma prática ancestral que ainda se mantém e pode ser observada no “Estendal de Secagem do Peixe”, junto ao Centro Cultural.


A Feira do Queijo Serra da Estrela de Seia é um dos mais importantes e antigos eventos dedicados ao queijo na região, realizando-se anualmente durante o fim de semana de Carnaval, tipicamente em fevereiro. Em 2024, celebra a sua 47ª edição entre os dias 10 e 13 de fevereiro no Mercado Municipal de Seia.

O evento tem uma longa tradição de 44 anos e mantém o seu formato tradicional, focando-se na valorização do setor primário e na dignificação da atividade pastorícia. O certame decorre no Mercado Municipal de Seia e na zona circundante, reunindo cerca de uma centena de expositores.

O protagonista do evento é naturalmente o Queijo Serra da Estrela DOP (Denominação de Origem Protegida), mas a feira apresenta também outros produtos endógenos da região como enchidos, pão tradicional, mel, vinho do Dão, azeite e artesanato local. Os visitantes podem encontrar produtos de qualidade diretamente dos produtores, incluindo queijarias tradicionais e unidades de produção certificadas.

Uma das atrações mais populares é a recriação da “Quinta do Pastor”, onde os visitantes podem observar demonstrações de ordenha, tosquia de ovelhas e outras atividades tradicionais da pastorícia. A quinta inclui também uma horta pedagógica com culturas hortícolas e aromáticas, além de diversos animais da quinta.

O evento conta com várias atividades complementares como demonstrações culinárias ao vivo, com a participação da Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda e a ESTRELACOOP. Há também concursos de ovinos Serra da Estrela, organizados em parceria com a ANCOSE (Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela), e mostras do famoso Cão Serra da Estrela, coordenadas pela LICRASE.

O programa cultural é rico, incluindo atuações de grupos folclóricos locais, bandas filarmónicas e outros grupos musicais tradicionais. As associações locais gerem tasquinhas tradicionais que oferecem gastronomia regional, e há um mercado de artesanato organizado em colaboração com a Associação de Artesãos da Serra da Estrela.

Um dos momentos altos do festival é a produção do maior “Queijo de Ovelha de Seia”, uma demonstração que envolve vários produtores do concelho e que atrai grande atenção dos visitantes.

O evento funciona diariamente das 10h00 às 20h00, com exceção do último dia (terça-feira de Carnaval) em que encerra às 16h00. As tasquinhas têm horário alargado até às 23h00 nos primeiros três dias do evento.

A feira atrai milhares de visitantes de todo o país e mesmo internacionais, sendo considerada uma das maiores e mais importantes feiras do queijo da região. É organizada pelo município de Seia em colaboração com várias entidades locais e conta com o apoio do Turismo Centro de Portugal, contribuindo significativamente para a promoção da região e dos seus produtos tradicionais.


O Festival da Cereja do Fundão, também conhecido como Festa da Cereja, é um dos eventos mais emblemáticos da região da Beira Baixa, realizando-se anualmente em junho na aldeia de Alcongosta, concelho do Fundão. Este festival celebra uma das frutas mais características da região, a Cereja do Fundão, que possui certificação PGI (Indicação Geográfica Protegida) devido à sua qualidade e origem geográfica única.

O evento decorre tradicionalmente durante um fim de semana em meados de junho, geralmente entre os dias 7 e 10, aproveitando o pico da época das cerejas. Em 2024, o festival celebra mais uma edição mantendo viva uma tradição que se tornou fundamental para a economia e cultura local.

O festival tem lugar na pitoresca aldeia de Alcongosta, situada na encosta da Serra da Gardunha. O evento espalha-se pelas ruas estreitas e praças da aldeia, com o epicentro junto à Igreja Matriz. A organização disponibiliza amplos parques de estacionamento nos campos adjacentes à aldeia, com um sistema bem organizado gerido pela GNR para gerir o fluxo de visitantes.

Em termos de produtos, o protagonista é naturalmente a cereja, com dezenas de produtores locais apresentando as suas melhores colheitas. Os visitantes podem comprar caixas de cerejas frescas (geralmente 2kg por 8-10 euros) e provar diferentes variedades. Além da fruta fresca, o festival apresenta uma grande variedade de produtos derivados da cereja, incluindo compotas, licores, pastéis de cereja, sangria de cereja, e até mesmo produtos mais inovadores como pizza com cereja ou bifanas com molho de cereja.

O programa do festival é rico em atividades culturais e de entretenimento. Há demonstrações culinárias (showcookings), grupos folclóricos locais que se apresentam periodicamente nas ruas, bandas de música tradicional, e artesãos demonstrando antigas artes como o fabrico de cestos. Uma atração popular é a “Rota da Cereja”, um percurso pedestre que permite aos visitantes conhecer os cerejais e a paisagem única da região.

Os visitantes podem também explorar a gastronomia local em várias tasquinhas instaladas pela aldeia, muitas vezes operadas por famílias locais nas suas próprias garagens e adegas. O festival atrai milhares de visitantes de todo o país e mesmo internacionais, tendo-se tornado num importante motor de desenvolvimento turístico da região.

Uma particularidade interessante do festival é a forma como envolve toda a comunidade local. Os habitantes abrem as suas casas e garagens para vender produtos tradicionais, criar pequenos restaurantes temporários e mostrar o artesanato local. Esta característica confere ao evento um caráter genuinamente autêntico e comunitário.


O Festival do Arroz e da Lampreia de Montemor-o-Velho é um dos eventos gastronómicos mais importantes da região do Baixo Mondego, celebrando dois produtos emblemáticos do território: o Arroz Carolino do Baixo Mondego IGP e a lampreia do Rio Mondego. O festival realiza-se tradicionalmente durante o mês de março, coincidindo com a época da lampreia, tendo em 2024 celebrado a sua 17ª edição.

O evento tem lugar no centro da vila de Montemor-o-Velho, no Largo da Feira, onde é montada uma grande tenda que acolhe as tasquinhas e os diversos espaços de animação. O festival funciona diariamente, com horário alargado das 12h00 às 00h00 durante a semana, e até às 02h00 às sextas e sábados.

Em termos de gastronomia, o protagonismo é partilhado entre o arroz carolino e a lampreia. As tasquinhas, geridas por associações locais como a Casa do Povo de Abrunheira, Casa do Povo de Arazede, Centro Beira Mondego – Santo Varão e Grupo Folclórico da Ereira, apresentam diversos pratos tradicionais, com destaque para o arroz de lampreia, arroz de grelos, arroz de pato, arroz malandro e o famoso arroz doce. Uma das atrações mais populares é a maratona de 12 horas de arroz doce non-stop, onde dezenas de voluntários preparam esta sobremesa tradicional.

O festival inclui uma programação cultural diversificada com música ao vivo, folclore, etnografia, dança e animação de rua. Há também um espaço dedicado às crianças chamado “Morlândia”, com atividades lúdicas e pedagógicas. Uma componente importante do evento são as demonstrações culinárias ao vivo, onde as tasquinhas participantes revelam alguns dos seus segredos gastronómicos.

O evento tem registado um crescimento significativo em termos de visitantes ao longo dos anos, atraindo milhares de pessoas não só da região mas de todo o país. É considerado fundamental para a promoção dos produtos endógenos do concelho e para a sustentabilidade das associações locais, que através das tasquinhas conseguem angariar fundos importantes para as suas atividades anuais.

Uma das características distintivas do festival é a obrigatoriedade de utilização do Arroz Carolino do Baixo Mondego IGP em todos os pratos confecionados, contribuindo assim para a valorização deste produto certificado da região. O evento tem evoluído ao longo dos anos, incorporando novos elementos como um espaço dedicado a petiscos, mantendo sempre o foco na qualidade e autenticidade dos produtos e sabores tradicionais.


O Festival do Peixe do Rio de Constância é um evento gastronómico tradicional que celebra a riqueza piscícola do Rio Tejo e do Rio Zêzere, realizando-se anualmente durante o mês de maio.

O evento tem lugar em vários restaurantes do concelho de Constância, que participam ativamente na iniciativa, oferecendo menus especiais dedicados ao peixe do rio. O festival não se concentra num único local, mas espalha-se por diversos estabelecimentos da vila, permitindo aos visitantes explorar diferentes espaços e ambientes.

Em termos de gastronomia, o festival destaca-se pela apresentação de pratos tradicionais confecionados com peixes de rio, sendo a fataça um dos protagonistas. Os restaurantes participantes oferecem diversas especialidades como caldeirada de peixe do rio, açorda de sável, ensopado de enguias, lampreia, barbo frito, e outras iguarias preparadas com peixes locais. Cada estabelecimento apresenta o seu próprio menu especial durante o festival.

O evento inclui também uma componente cultural e educativa, com showcookings onde os chefs locais demonstram técnicas de preparação dos pratos tradicionais. Há ainda exposições sobre a história da pesca no rio, demonstrações de artes de pesca tradicionais e atividades relacionadas com o património cultural ribeirinho.

Para complementar a oferta gastronómica, o festival apresenta animação musical com grupos tradicionais, exposições de artesanato local e atividades ao ar livre, como passeios de barco no rio e visitas guiadas pela vila. Os visitantes podem também participar em workshops sobre a gastronomia local e aprender sobre as técnicas tradicionais de conservação do peixe.

O festival atrai milhares de visitantes, tanto da região como de outras partes do país, interessados em descobrir a gastronomia tradicional do rio e a cultura ribeirinha. É uma importante iniciativa para a promoção turística de Constância e para a preservação das tradições gastronómicas locais.

A organização do evento é da responsabilidade da Câmara Municipal de Constância, em parceria com os restaurantes locais e várias associações culturais do concelho. O festival tem-se revelado fundamental para a economia local, especialmente para o setor da restauração, e para a manutenção das tradições culinárias ligadas ao rio.

O evento tem também uma componente pedagógica importante, sensibilizando os visitantes para a importância da preservação dos recursos piscícolas e do património cultural associado à pesca tradicional nos rios Tejo e Zêzere.


O Festival da Chanfana, também conhecido como Semana da Chanfana, é um dos eventos gastronómicos mais importantes de Vila Nova de Poiares, auto-denominada “Capital Universal da Chanfana”. O festival realiza-se tradicionalmente em janeiro. Em 2024, celebrou a sua 17ª edição.

O evento decorre em vários restaurantes do concelho de Vila Nova de Poiares, com cerca de 12 estabelecimentos aderentes que servem este prato tradicional. O epicentro das atividades culturais concentra-se no Centro Cultural da vila e no Mercado Municipal, onde decorrem várias iniciativas paralelas.

O protagonista do festival é naturalmente a chanfana, um prato tradicional confecionado com carne de cabra velha, cozinhada em caçoilos de barro preto de Olho Marinho, com vinho tinto, azeite, alho e especiarias, assada em forno a lenha. Durante o festival, os restaurantes participantes oferecem não só a chanfana tradicional mas também outras especialidades derivadas como a sopa de casamento, os negalhos, e outras interpretações contemporâneas do prato.

Em termos de programação, o festival inclui diversas atividades culturais como exposições de artesanato local, demonstrações culinárias (showcookings), conferências sobre gastronomia, concertos de música tradicional, e animação de rua. Há também visitas guiadas aos fornos tradicionais e às olarias que produzem os característicos caçoilos de barro preto.

O evento tem registado um crescimento significativo em termos de visitantes, atraindo mais de 10.000 pessoas durante os 11 dias de duração. Os visitantes vêm de todo o país e mesmo do estrangeiro para provar esta iguaria típica da região, considerada uma das “7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa”.

A organização está a cargo da Confraria da Chanfana, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e o Turismo Centro de Portugal. O festival tem-se revelado fundamental para a economia local, especialmente durante o mês de janeiro, tradicionalmente mais fraco em termos turísticos, funcionando como um importante dinamizador do comércio e restauração locais.

Uma componente importante do festival é a sua vertente educativa, com programas específicos para escolas e workshops sobre a história e preparação da chanfana. A Confraria organiza também visitas de chefes de cozinha e estudantes de hotelaria aos restaurantes participantes para aprenderem as técnicas tradicionais de confecção deste prato emblemático.

O Chefs On Fire é um dos festivais gastronómicos mais inovadores e prestigiados de Portugal, realizando-se anualmente em setembro nos Jardins do FIARTIL em Estoril.

O evento nasceu em 2018 através de uma ideia do seu fundador, Gonçalo Castel-Branco, quando foi desafiado a cozinhar para um grande evento sem ter uma cozinha disponível. Improvisando com carnes e ananases pendurados em árvores sobre uma fogueira, percebeu o potencial de criar um festival único onde chefs de renome cozinhariam exclusivamente com fogo.

O festival realiza-se no espaço FIARTIL, um mercado ao ar livre tradicionalmente dedicado aos artesãos do Estoril. Durante o evento, as bancas transformam-se em estações individuais para os chefs, centradas em torno de uma impressionante área de fogo com 90m2. Durante o dia, o local mantém uma atmosfera tranquila sob as árvores altas, enquanto à noite ganha uma dimensão mágica com iluminação especial e esculturas luminosas.

Em termos de gastronomia, o festival reúne alguns dos melhores chefs nacionais e internacionais, incluindo vários premiados com estrelas Michelin. Todos os pratos são confecionados exclusivamente com fogo, fumo e lenha, sendo preparados lentamente durante mais de 24 horas. Os visitantes podem degustar criações únicas e exclusivas, desenvolvidas especialmente para o festival.

O evento combina gastronomia com música ao vivo, apresentando uma programação diversificada com artistas portugueses de renome. Em 2024, o cartaz inclui nomes como Capitão Fausto, Bárbara Tinoco e RIOT B2B Pedro da Linha, entre outros.

O festival atrai milhares de visitantes anualmente, tendo-se tornado num evento de referência que celebra não apenas a gastronomia, mas também a música e a cultura portuguesa. Os bilhetes incluem porções de comida e bebidas, com opções para um dia (90€) ou três dias (230€), existindo também bilhetes específicos para crianças.

O Chefs On Fire tem vindo a expandir-se, realizando pop-ups em várias cidades portuguesas e iniciando sua internacionalização. Em 2024, o festival estreia-se em Madrid em outubro, demonstrando o seu crescente prestígio e reconhecimento internacional.

O evento destaca-se pela sua preocupação com a sustentabilidade e ambiente familiar, criando uma experiência única que combina alta gastronomia com um ambiente descontraído e festivo, tornando-se num dos eventos gastronómicos mais aguardados do calendário português.


O Festival do Caracol Saloio, realizado em Loures, é um dos eventos gastronómicos mais emblemáticos da região, dedicado à celebração do caracol, uma iguaria muito apreciada na gastronomia portuguesa, especialmente durante os meses de verão. Este festival foi criado com o objetivo de promover a tradição culinária associada ao caracol, valorizando a identidade cultural da região saloia e dinamizando a economia local. Ao longo dos anos, tornou-se um ponto de encontro para os amantes desta especialidade, atraindo milhares de visitantes de todo o país.

O festival ocorre anualmente durante o mês de julho, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures. Este espaço amplo e bem localizado é transformado num recinto gastronómico, onde dezenas de tasquinhas e restaurantes locais se reúnem para apresentar as mais variadas receitas de caracol. A escolha do local reflete a importância de criar um ambiente acolhedor e organizado, capaz de receber o grande número de visitantes que o evento atrai.

O caracol é, naturalmente, o protagonista do festival, sendo servido em diversas preparações que vão desde as receitas mais tradicionais, como o caracol cozido com ervas aromáticas, até às versões mais inovadoras e criativas, que incluem caracóis com molhos especiais ou acompanhados de ingredientes inesperados. Além do caracol, o festival oferece uma ampla variedade de outros produtos gastronómicos, como petiscos típicos, vinhos regionais, cervejas artesanais e sobremesas tradicionais, proporcionando uma experiência completa aos visitantes.

O programa do Festival do Caracol Saloio inclui várias atividades que complementam a oferta gastronómica. Há demonstrações culinárias, onde chefs e cozinheiros locais partilham segredos e técnicas para preparar o caracol, bem como workshops e palestras sobre a tradição e a importância cultural desta iguaria. A animação cultural é uma parte essencial do evento, com espetáculos de música ao vivo, atuações de grupos folclóricos e atividades para crianças, como jogos e oficinas criativas. Estas iniciativas tornam o festival num evento familiar e inclusivo, onde pessoas de todas as idades podem desfrutar de momentos de convívio e diversão.


O Festival do Torricado, realizado em Azambuja, é um evento anual que celebra uma das iguarias mais tradicionais da região do Ribatejo: o torricado. Este prato típico, que remonta às práticas alimentares dos trabalhadores rurais, consiste em fatias de pão rústico torradas na brasa, regadas com azeite e alho, e frequentemente acompanhadas por bacalhau assado. O festival foi criado com o objetivo de preservar e promover esta tradição gastronómica, que é um símbolo da identidade cultural ribatejana, ao mesmo tempo que dinamiza a economia local e atrai visitantes à vila.

O evento ocorre habitualmente no mês de novembro, no Largo da Câmara Municipal de Azambuja, um espaço central e de fácil acesso, que é transformado num recinto festivo. Este local acolhe várias tasquinhas e bancas de produtores locais, onde o torricado é servido em diferentes variações, mantendo sempre a autenticidade e os sabores que o caracterizam. A escolha de novembro para a realização do festival está ligada à tradição de consumo do torricado durante as épocas de trabalho agrícola mais intensas, como as colheitas e as vindimas, que ocorriam no outono.

O torricado é o prato principal do festival, mas o evento inclui também outros produtos típicos da região, como o bacalhau, os enchidos, os queijos, o vinho e a doçaria tradicional. Os visitantes têm a oportunidade de provar estas especialidades, que refletem a riqueza e a diversidade da gastronomia ribatejana. Além disso, o festival promove o azeite, um ingrediente essencial no torricado, destacando a sua qualidade e importância na culinária local.

O programa do Festival do Torricado é enriquecido por várias atividades culturais e recreativas. Entre os destaques estão as demonstrações ao vivo de confeção do torricado, onde os visitantes podem aprender a preparar esta iguaria de forma tradicional, e os concursos gastronómicos, que premiam as melhores interpretações do prato. A animação cultural inclui espetáculos de música popular e tradicional, atuações de ranchos folclóricos e demonstrações de danças típicas do Ribatejo, como o fandango. Há também atividades para crianças, como oficinas e jogos, tornando o evento acessível a toda a família.

O Festival do Polvo da Ericeira é um evento gastronómico emblemático que celebra um dos produtos mais característicos da costa desta vila piscatória. Em 2024, o festival celebrou a sua 9ª edição, mantendo a tradição de acontecer durante o mês de maio.

O evento decorre por toda a vila da Ericeira, com especial foco nos restaurantes aderentes que se distribuem pelo centro histórico e zona ribeirinha. A vila, conhecida pela sua forte tradição piscatória e profunda conexão com o oceano, transforma-se num verdadeiro festival de sabores durante estes dias.

Em termos gastronómicos, os restaurantes participantes apresentam menus especiais dedicados ao polvo, oferecendo tanto pratos tradicionais como criações inovadoras. Entre as especialidades mais populares encontram-se o polvo à lagareiro, polvo grelhado, salada de polvo, polvo na frigideira, e criações mais contemporâneas como vol-au-vent de polvo, prego de polvo e feijoada de polvo. Cada estabelecimento desenvolve o seu próprio menu especial para o evento, demonstrando a versatilidade deste molusco na gastronomia local.

Entre os estabelecimentos que tradicionalmente participam no festival encontram-se restaurantes reconhecidos como a Estrela do Mar, Casa Portuguesa, A Panela, Cabana do Zé e Cervejaria 7 Janelas, entre outros. Cada restaurante mantém a sua própria identidade culinária, oferecendo interpretações únicas dos pratos de polvo.

O festival tem crescido significativamente ao longo dos anos, tornando-se num importante evento para a promoção da gastronomia local e do turismo na região. É uma iniciativa que resulta da vontade dos comerciantes locais em dinamizar o comércio e promover as tradições gastronómicas da vila.

Durante os dias do festival, a Ericeira recebe milhares de visitantes, tanto nacionais como internacionais, que aproveitam não só para degustar as especialidades de polvo, mas também para conhecer a vila, as suas praias e o seu património cultural. O evento tem-se revelado fundamental para a economia local, especialmente para o setor da restauração.


O Festival do Peixe de Setúbal é um importante evento gastronómico que celebra a rica tradição piscatória da região, realizando-se tradicionalmente em maio. O festival é uma iniciativa que se enquadra na marca “Setúbal Terra de Peixe”, criada em 2012 para promover e valorizar as atividades relacionadas com o mar na região.

O evento decorre em vários locais da cidade, tendo como epicentro a Casa da Baía de Setúbal, onde se concentram muitas das atividades principais. Além deste espaço central, o festival estende-se por mais de 30 restaurantes aderentes espalhados pela cidade, permitindo aos visitantes explorar diferentes ambientes e interpretações da gastronomia local.

Em termos de oferta gastronómica, o festival destaca-se pela apresentação de pratos tradicionais e inovadores preparados com peixe fresco da costa setubalense. Os restaurantes participantes oferecem menus especiais durante o evento, incluindo especialidades como caldeirada à moda do Mercado do Livramento, diversos pratos de peixe grelhado, e outras iguarias locais.

Uma das características mais interessantes do festival é a “Mostra de Doçaria com Peixe”, que demonstra a criatividade e inovação dos chefs locais ao incorporarem produtos do mar em sobremesas. Esta componente única do festival realiza-se na Casa da Baía, reunindo diversos estabelecimentos e pastelarias que apresentam criações originais.

O programa do festival inclui várias atividades, com destaque para as sessões de live cooking com chefs reconhecidos, como Rita Gonçalves e Miguel Bértolo, que realizam demonstrações culinárias ao vivo. Há também degustações especiais com os restaurantes participantes, que acontecem principalmente durante as noites de sexta-feira e sábado.

Entre os estabelecimentos que tradicionalmente participam no festival encontram-se restaurantes emblemáticos como A Vela Branca, Adega Leo do Petisco, A-Mar Setúbal, Cantinho dos Petiscos, Ferribote, Novo 10, O Convés, Rebarca, Ribeirinha do Sado, Solar do Marquês e Taberna Grande.

O festival atrai milhares de visitantes, tanto nacionais como internacionais, interessados em descobrir a gastronomia local e a qualidade do peixe da região. O evento tem-se revelado fundamental para a promoção turística de Setúbal e para a valorização do seu património gastronómico, contribuindo significativamente para a economia local e para a preservação das tradições culinárias da região.

As degustações têm um custo simbólico de 1,5€, tornando o evento acessível a todos os interessados em explorar os sabores do mar de Setúbal. O festival conta com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal e várias entidades locais, fazendo parte de uma estratégia mais ampla de promoção da cidade como destino gastronómico de excelência.

A Feira do Queijo do Alentejo em Serpa é um dos eventos gastronómicos mais importantes da região, realizando-se tradicionalmente em fevereiro, durante três dias, no Parque de Feiras e Exposições de Serpa, com entrada livre.

O evento tem crescido significativamente ao longo dos anos, atraindo atualmente mais de 25 mil visitantes e reunindo mais de 160 expositores, incluindo produtores de queijo, enchidos, mel, doçaria, artesanato e tasquinhas. O certame conta com cerca de 60 stands dedicados exclusivamente a queijos de todo o país, com destaque para o Queijo Serpa DOP, mas também incluindo outros queijos certificados como o de Évora, Serra da Estrela, Beira Baixa e o espanhol Manchego.

Em termos de produtos, além dos queijos tradicionais, podem encontrar-se variedades inovadoras como queijos com ervas aromáticas, cebola caramelizada, boletos e trufas, bem como queijo biológico certificado e vários queijos premiados em concursos internacionais. O evento apresenta também uma vasta gama de produtos regionais como enchidos, azeite, vinho, mel, doçaria conventual e artesanato local.

A programação é diversificada e inclui várias atividades relacionadas com a agropecuária e pastorícia. Destacam-se as oficinas de fabrico de queijo de ovelha e cabra, demonstrações de tosquia de ovelhas Campaniça e Merina, concursos de ovinos, exposições de gado e demonstrações de cães de pastoreio. Um dos pontos altos é o concurso “O Melhor Queijo da Feira do Queijo do Alentejo”, que promove e premeia a excelência dos queijos presentes.

A componente cultural é igualmente importante, com atuações de grupos corais do concelho representando o Cante Alentejano (Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO), espetáculos musicais, demonstrações de artesanato ao vivo e animação de rua. O Pavilhão das Tasquinhas oferece gastronomia tradicional e petiscos locais, acompanhados por animação musical.

A organização do evento é da responsabilidade do Município de Serpa e de uma Comissão Promotora que inclui várias entidades regionais, como o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Beja, a Associação de Agricultores do Sul, entre outras. Esta colaboração institucional tem sido fundamental para o crescimento e consolidação do evento como uma referência nacional na promoção dos produtos tradicionais alentejanos.


A Festa da Castanha, também conhecida como Festa do Castanheiro – Feira da Castanha, é um dos eventos mais emblemáticos de Marvão, no Alto Alentejo. Criada em 1983, esta celebração tem como objetivo homenagear o castanheiro e a castanha, produtos endógenos da região, e promover a cultura e as tradições locais. Ao longo de mais de quatro décadas, o evento consolidou-se como uma referência no calendário cultural e gastronómico de Portugal, atraindo milhares de visitantes todos os anos.

O festival realiza-se anualmente em novembro, geralmente durante um fim de semana, aproveitando a época da colheita da castanha. A vila de Marvão, com o seu cenário medieval e as paisagens deslumbrantes da Serra de São Mamede, serve de palco para o evento. As atividades concentram-se nos principais largos da vila, como o Largo do Terreiro, o Largo de Santa Maria, o Largo do Pelourinho e o Largo do Espírito Santo, que são decorados e transformados em espaços de celebração.

A castanha é o centro das atenções, sendo apresentada em diversas formas, desde a tradicional castanha assada, servida nos magustos, até pratos mais elaborados disponíveis nos restaurantes locais. Além disso, o evento inclui um mercado de produtos regionais, onde se podem encontrar mel, azeite, queijos, enchidos, vinhos, licores, compotas e doçaria típica. O artesanato local também tem um lugar de destaque, com peças feitas em madeira de castanheiro e bordados com casca de castanha, que refletem a criatividade e o saber-fazer da região.

O programa da Festa da Castanha é diversificado e inclui atividades para todas as idades. Os magustos, onde são assados mais de quatro mil quilos de castanhas, acompanhados pelo tradicional vinho da talha, são um dos momentos mais aguardados. Há também animação musical com grupos de bombos, folclore, cante alentejano, fanfarras e música popular portuguesa, que enchem as ruas de Marvão de alegria e tradição. Workshops sobre a lã típica da região, exposições fotográficas que documentam a história do evento e uma eucaristia solene na Igreja de Santiago são outras atividades que enriquecem o programa.

A Festa da Castanha marca ainda o início da Quinzena Gastronómica da Castanha, que decorre nos restaurantes do concelho até ao final de novembro. Durante este período, a castanha é o ingrediente principal de pratos como bacalhau, veado, lombinhos e borrego, bem como de sobremesas como leite-creme de castanha, pudim e trufas.


O Festival do Cogumelo e do Medronho de Almodôvar, também conhecido como Feira do Cogumelo e do Medronho, é um dos eventos mais importantes da região, realizando-se anualmente em novembro na aldeia de São Barnabé, concelho de Almodôvar. Em 2024, o festival celebrou a sua 16ª edição entre os dias 22 e 24 de novembro, trazendo como novidade a extensão do evento para três dias, incluindo agora a sexta-feira além do tradicional fim de semana.

O evento decorre no centro da Aldeia de São Barnabé, na Serra do Caldeirão, e tem como principal objetivo promover as potencialidades desta região serrana, contribuindo para a sua divulgação turística e desenvolvimento socioeconómico sustentável, baseado nos recursos, artes, ofícios e tradições seculares.

Em termos de produtos, o festival destaca naturalmente o cogumelo e o medronho, mas apresenta uma vasta gama de produtos regionais através de diversos expositores que incluem produtos agroalimentares, artesanato local, licores e aguardentes tradicionais. Os visitantes podem encontrar produtores legalizados de aguardentes e licores do concelho e de concelhos limítrofes, bem como artesãos e produtores de diversos produtos regionais.

A programação do festival é rica e diversificada, incluindo showcookings, demonstrações culinárias, workshops, exposições e muita animação musical. Em 2024, o cartaz musical inclui artistas reconhecidos como Toy, Emanuel & Tânia na sexta-feira, Iran Costa, Nelson Santos e Ana Arrebentinha no sábado, e os irmãos Cabanas no domingo. Há também atuações de grupos corais locais, demonstrações de artesanato ao vivo e atividades culturais que celebram as tradições da região.

Para facilitar o acesso ao evento, o município disponibiliza transporte gratuito entre Almodôvar e São Barnabé. O festival tem registado um crescimento significativo em termos de visitantes ao longo dos anos, tendo-se tornado num importante polo de atração turística para a região.


O Festival do Vinho de Talha, também conhecido como VITIFRADES, é um dos eventos vínicos mais importantes do Alentejo, realizando-se anualmente em Vila de Frades, concelho de Vidigueira, durante o mês de dezembro. Em 2024, o festival celebrou a sua 25ª edição entre os dias 6 e 8 de dezembro, mantendo viva uma tradição que celebra um método ancestral de produção de vinho.

O evento tem lugar em vários espaços de Vila de Frades, tendo como epicentro o Centro Interpretativo do Vinho de Talha (CIVT) e estendendo-se pelas ruas e adegas tradicionais da vila. Vila de Frades é conhecida como a “Capital Universal da Talha” devido à sua longa tradição na produção deste tipo de vinho.

Em termos de produtos, o protagonista é naturalmente o Vinho de Talha, um método de produção que remonta ao período romano e que foi inscrito no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Durante o festival, os visitantes podem provar vinhos diretamente das talhas nas várias adegas participantes, conhecer o processo de produção e participar em provas comentadas.

A programação do festival é rica e diversificada, incluindo colóquios sobre viticultura, showcookings com chefs reconhecidos, masterclasses de vinhos, concursos de vinhos de talha, exposições e demonstrações do processo tradicional de produção. Um dos pontos altos é o Concurso “Os Melhores Vinhos de Talha”, que premeia os melhores produtores da região.

O evento conta também com uma forte componente cultural, apresentando atuações de grupos corais alentejanos, bandas filarmónicas, concertos de música tradicional e contemporânea, e animação de rua. A gastronomia tradicional alentejana está presente através de vários restaurantes e tasquinhas que servem pratos típicos da região.

O festival atrai milhares de visitantes, tanto nacionais como internacionais, interessados em descobrir esta forma única de produção vinícola. É um evento fundamental para a economia local e para a preservação deste património cultural, contribuindo significativamente para a promoção turística da região e para a valorização do Vinho de Talha.

Uma das particularidades do festival é a “Rota das Adegas”, um percurso que permite aos visitantes conhecer várias adegas tradicionais da vila, onde podem provar os vinhos e conhecer os produtores locais. Esta componente do evento é especialmente popular, pois oferece uma experiência autêntica e próxima com os produtores e com o método tradicional de produção.


O Festival do Mel e do Medronho, realizado em Odemira, é um evento anual que celebra dois dos produtos mais emblemáticos da região: o mel e o medronho. Este festival foi criado com o objetivo de valorizar a apicultura e a produção de medronho, atividades tradicionais do concelho, e de promover os pequenos produtores locais, reforçando a ligação entre a gastronomia, a cultura e o património natural do território. Ao longo dos anos, o festival tornou-se um ponto de encontro para apreciadores destes produtos e para quem procura conhecer melhor as tradições do Alentejo.

O evento ocorre habitualmente no mês de novembro, na vila de São Martinho das Amoreiras, uma freguesia de Odemira situada no coração da Serra do Caldeirão. Este local foi escolhido por ser uma das zonas mais representativas da produção de mel e medronho no concelho, com paisagens naturais que refletem a riqueza ambiental da região. Durante o festival, a vila transforma-se num espaço de celebração, com ruas decoradas e um ambiente acolhedor que convida os visitantes a explorar as tradições locais.

O mel e o medronho são os grandes protagonistas do festival, sendo apresentados em diversas formas. O mel, produzido a partir da flora autóctone da serra, é reconhecido pela sua qualidade e sabor, enquanto o medronho, utilizado para a produção da aguardente típica da região, é um símbolo da cultura alentejana. Além destes produtos, o festival inclui uma ampla oferta de outros produtos regionais, como compotas, licores, azeite, queijos, enchidos, pão e doçaria tradicional. Os visitantes têm a oportunidade de provar e adquirir estes produtos diretamente dos produtores, promovendo o contacto direto entre quem produz e quem consome.

O programa do Festival do Mel e do Medronho é diversificado e inclui várias atividades que enriquecem a experiência dos visitantes. Entre os destaques estão as provas de mel e aguardente de medronho, que permitem conhecer melhor as características e os processos de produção destes produtos. Há também workshops sobre apicultura e destilação de medronho, palestras sobre a importância da preservação ambiental e demonstrações ao vivo de práticas tradicionais, como a extração de mel e a destilação em alambiques. A animação cultural é uma parte essencial do evento, com espetáculos de música tradicional, danças folclóricas, teatro de rua e atividades para crianças, como oficinas criativas e jogos tradicionais.


O Festival do Arroz Carolino realiza-se em Ponte de Sor e representa uma celebração importante da cultura gastronómica local. Este evento nasceu da necessidade de valorizar o arroz carolino das lezírias ribatejanas, um produto de excelência da região.

A história do festival remonta à tradição agrícola da região, onde o cultivo do arroz tem um papel fundamental na economia local. Ao longo das suas edições, o festival tem crescido em dimensão e importância, atraindo visitantes de todo o país.

No centro do festival encontra-se a Praça do Arroz, um espaço dinâmico onde decorrem showcookings e degustações. Os visitantes podem explorar quinze restaurantes participantes, cada um apresentando interpretações únicas de pratos com arroz carolino. Uma das inovações do festival é a “carolinata”, uma reinvenção do pastel de nata tradicional, utilizando arroz doce.

O festival oferece aos visitantes um kit de degustação que inclui um tachinho, talheres e um quilograma de arroz carolino, vendido por 7 euros. Este kit permite aos participantes experimentarem as diversas especialidades apresentadas pelos restaurantes.

As atividades do festival incluem exposições de artesanato local, mostra de produtos regionais e uma programação cultural rica com música ao vivo e apresentações de grupos locais. Os eventos “Dentro de Portas” estendem a experiência do festival aos restaurantes da cidade.

O festival destaca-se pela sua preocupação com a acessibilidade, disponibilizando corredores adaptados para cadeiras de rodas, instalações sanitárias adequadas e uma plataforma elevatória junto ao palco principal.

O Festival do Arroz Carolino realiza-se tradicionalmente durante os meses de maio (tipicamente entre 19 e 21) e junho (com eventos especiais nos fins de semana de 7-8 e 21-22). Estas datas permitem aproveitar o clima ameno da primavera, proporcionando uma experiência agradável aos visitantes.

O evento atrai milhares de visitantes anualmente, desde habitantes locais a turistas nacionais e internacionais, interessados em descobrir a gastronomia tradicional portuguesa e, em particular, as diversas formas de preparação do arroz carolino.

 

O Festival do Marisco de Olhão representa um dos maiores eventos gastronómicos do sul de Portugal, realizando-se anualmente no mês de agosto (tradicionalmente entre os dias 10 e 14). Este evento emblemático celebra a rica tradição piscatória da região e a excelência dos mariscos da Ria Formosa.

A história do festival remonta há mais de três décadas, tendo já completado 36 edições. Ao longo dos anos, consolidou-se como um dos principais cartazes turísticos de Olhão e do Algarve, atraindo dezenas de milhares de visitantes. Em 2023, por exemplo, o festival recebeu mais de 39.000 pessoas, confirmando seu estatuto como o maior evento gastronómico do sul do país.

O festival decorre no Jardim Pescador Olhanense, um local privilegiado junto à Ria Formosa, onde os visitantes podem saborear uma vasta seleção de mariscos e bivalves frescos, capturados nas águas locais. Os produtos apresentados incluem diversas variedades de marisco confecionado no momento, seguindo as receitas tradicionais olhanenses, desde camarões e ostras até amêijoas e outros bivalves da região.

As atividades do festival não se limitam à gastronomia. O evento apresenta um cartaz musical de prestígio, com concertos diários de artistas nacionais e internacionais que actuam num palco montado especialmente para o evento. Os espetáculos começam às 23h00, proporcionando entretenimento de qualidade aos visitantes.

O horário de funcionamento estende-se das 19h30 à 01h30, permitindo aos visitantes desfrutarem de jantares prolongados num ambiente festivo e acolhedor. O festival atrai não apenas residentes locais, mas também turistas nacionais e internacionais que visitam o Algarve durante o período de verão, contribuindo significativamente para a promoção da gastronomia e cultura local.


O Festival da Batata-Doce de Aljezur é um evento anual que celebra a batata-doce Lira, um produto de excelência do Algarve, reconhecido pela sua qualidade e sabor únicos. Este festival foi criado com o objetivo de valorizar a produção local de batata-doce, promovendo os agricultores da região e destacando a importância deste produto na gastronomia e na cultura local. Ao longo dos anos, tornou-se um dos eventos mais importantes do concelho, atraindo visitantes de todo o país e do estrangeiro.

O festival realiza-se habitualmente no final de novembro e início de dezembro, coincidindo com a época de colheita da batata-doce. O local principal do evento é o Espaço Multiusos de Aljezur, que se transforma num grande recinto dedicado à gastronomia, cultura e tradição. Este espaço é complementado por outras áreas da vila, que também acolhem atividades e expositores, criando um ambiente festivo e dinâmico.

A batata-doce Lira é a estrela do festival, sendo apresentada em diversas formas e receitas. Os visitantes podem provar pratos tradicionais, como batata-doce assada ou frita, mas também criações mais inovadoras, como sobremesas, bolos e até pratos salgados que utilizam este ingrediente de forma criativa. Além disso, o festival inclui uma ampla oferta de outros produtos regionais, como mel, azeite, queijos, enchidos, vinhos e artesanato, refletindo a riqueza e a diversidade do património local.

O programa do festival é variado e pensado para todas as idades. Um dos destaques são as demonstrações culinárias ao vivo, realizadas por chefs locais e convidados, que mostram diferentes formas de preparar a batata-doce e partilham técnicas e receitas com o público. Há também um concurso de sobremesas, onde confeiteiros da região competem para criar as melhores iguarias à base de batata-doce, sendo este um dos momentos mais aguardados do evento. Para as crianças, o festival oferece atividades como pinturas faciais, modelagem de balões e outras oficinas criativas, garantindo diversão para toda a família.

A animação cultural é uma parte essencial do festival, com uma programação que inclui música ao vivo, atuações de artistas locais e espetáculos de dança. O evento também celebra o artesanato algarvio, com expositores que apresentam peças únicas, como cerâmicas, joias e vestuário, refletindo a autenticidade e a criatividade da região.


O Festival da Sardinha de Portimão representa uma das maiores celebrações gastronómicas do Algarve, realizando-se tradicionalmente durante os meses de julho (30 e 31) e agosto (1 a 4), na zona ribeirinha da cidade.

A história do festival está intrinsecamente ligada à tradição piscatória de Portimão, onde a sardinha sempre teve um papel fundamental na economia local. O evento nasceu da necessidade de celebrar e preservar esta herança cultural, tendo já completado mais de duas décadas de existência. Em 2022, o festival foi inclusive reconhecido como o melhor evento gastronómico de verão da Europa.

O festival decorre ao longo da zona ribeirinha de Portimão, junto ao Clube Naval, onde o aroma característico das sardinhas assadas no carvão atrai milhares de visitantes. O evento começa com uma recriação histórica da descarga de sardinha na zona ribeirinha, uma homenagem à antiga tradição piscatória da cidade.

Os produtos apresentados centram-se naturalmente na sardinha, preparada de forma tradicional na brasa e servida com pão e salada algarvia. No entanto, o festival oferece também outros pratos regionais e petiscos típicos do Algarve. Os visitantes podem ainda encontrar bancas de artesanato local, produtos regionais e uma área dedicada à exposição da história da indústria conserveira de Portimão.

As atividades do festival são diversificadas, incluindo showcookings, demonstrações culinárias, exposições sobre a história da pesca da sardinha e animação de rua. O evento conta com três palcos diferentes: o Palco Principal, que recebe grandes nomes da música portuguesa a partir das 22h00, o Palco Sardinha com entretenimento variado, e o Palco Fado & Petiscos, dedicado à música tradicional portuguesa.

O festival atrai um público diversificado, desde habitantes locais a turistas nacionais e internacionais, estimando-se uma média de milhares de visitantes por edição. A entrada é livre, permitindo que todos possam participar nesta celebração da cultura e gastronomia algarvia.


O Festival do Atum de Vila Real de Santo António representa uma importante celebração gastronómica que decorre no mês de junho (geralmente entre os dias 8 e 11), junto à zona ribeirinha da cidade, prestando homenagem à rica tradição pesqueira e conserveira da região.

A história do festival está profundamente enraizada no património histórico e cultural de Vila Real de Santo António, onde a pesca do atum e a indústria conserveira foram pilares fundamentais da economia local durante décadas. O evento nasceu da vontade de preservar e celebrar esta herança, relembrando a importância histórica da armação do atum no concelho.

O festival decorre no Centro Cultural António Aleixo, um espaço privilegiado junto ao Rio Guadiana, onde os visitantes podem saborear diversas especialidades preparadas com atum fresco. Os pratos apresentados incluem atum estufado, atum grelhado, bifes de atum, muxama (atum curado), estupeta de atum e várias outras iguarias tradicionais da gastronomia local.

As tasquinhas e restaurantes participantes oferecem uma variedade de pratos onde o atum é o protagonista, preparado segundo receitas tradicionais transmitidas através de gerações. Além dos pratos principais, os visitantes podem também degustar petiscos e conservas artesanais de atum, produzidas localmente.

O evento apresenta uma forte componente cultural e educativa, com exposições sobre a história da pesca do atum e da indústria conserveira na região. São realizados showcookings com chefs conceituados que demonstram diferentes formas de preparar este versátil peixe, partilhando técnicas e receitas com o público.

A animação musical é uma constante durante o festival, com atuações de grupos locais e artistas nacionais que proporcionam um ambiente festivo aos visitantes. O programa inclui também demonstrações de artesanato local, workshops gastronómicos e atividades para crianças.

O Festival do Atum atrai milhares de visitantes anualmente, incluindo residentes locais, turistas nacionais e internacionais, especialmente espanhóis devido à proximidade com a fronteira. O evento tem-se tornado num importante cartaz turístico da região, contribuindo para a dinamização da economia local e para a preservação das tradições gastronómicas do concelho.

A organização do festival está a cargo da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, em parceria com associações locais e restaurantes da região, garantindo a autenticidade e qualidade dos produtos apresentados. O horário de funcionamento estende-se geralmente das 19h00 à 00h00, permitindo aos visitantes desfrutarem de jantares num ambiente acolhedor e festivo.


O Festival da Cataplana de Albufeira celebra um dos pratos mais emblemáticos da gastronomia algarvia, realizando-se durante o mês de setembro (habitualmente entre os dias 1 e 30), envolvendo diversos restaurantes do concelho.

A história do festival está intimamente ligada à tradição culinária do Algarve, onde a cataplana, tanto o utensílio como o prato, representa um símbolo da identidade gastronómica regional. O evento surgiu com o objetivo de valorizar e promover este património cultural único, que combina a excelência dos produtos do mar com a arte de cozinhar em cataplana.

O festival distingue-se pelo seu formato descentralizado, pois decorre simultaneamente em diversos restaurantes aderentes espalhados por todo o concelho de Albufeira. Cada estabelecimento participante apresenta a sua própria interpretação da cataplana, mantendo a essência tradicional mas acrescentando toques únicos que refletem a criatividade de cada chef.

Os produtos apresentados durante o festival incluem diversas variações de cataplana, desde as mais tradicionais de peixe e marisco até versões mais contemporâneas com carnes e vegetais. As cataplanas de tamboril, de bacalhau, de marisco misto e de carne de porco com amêijoas são algumas das especialidades mais procuradas pelos visitantes.

Durante o evento, os restaurantes participantes oferecem menus especiais que incluem entrada, cataplana e sobremesa, permitindo aos visitantes desfrutarem de uma experiência gastronómica completa a preços promocionais. Cada estabelecimento apresenta também uma carta de vinhos selecionada especialmente para harmonizar com os sabores das cataplanas.

O festival inclui atividades complementares como workshops de culinária, onde os visitantes podem aprender a preparar cataplanas com chefs experientes, e sessões de demonstração sobre a história e utilização correta deste utensílio tradicional. Alguns restaurantes organizam ainda noites temáticas com música ao vivo e animação cultural.

O evento atrai um público diversificado, desde residentes locais a turistas nacionais e internacionais, contribuindo para a dinamização da economia local durante o período de transição entre a época alta e baixa do turismo. A presença de visitantes estrangeiros é significativa, demonstrando o interesse internacional por esta tradição gastronómica algarvia.

A organização do festival é coordenada pela Câmara Municipal de Albufeira em parceria com a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) e a Região de Turismo do Algarve, garantindo a qualidade e autenticidade das experiências oferecidas. Os estabelecimentos participantes são criteriosamente selecionados com base na sua capacidade de manter os padrões tradicionais de confeção da cataplana.


O Festival do Pescado de Lagos é um evento gastronómico que celebra a riqueza dos produtos do mar, realizando-se durante o mês de setembro (geralmente entre os dias 7 e 10), na zona ribeirinha da cidade, junto à marina de Lagos.

A história do festival está profundamente ligada à tradição piscatória de Lagos, uma cidade que sempre manteve uma forte ligação ao mar e à pesca. O evento nasceu da vontade de valorizar o pescado local e promover a gastronomia tradicional da região, destacando a qualidade e diversidade do peixe capturado nas águas algarvias.

O festival decorre num ambiente acolhedor junto ao mar, onde são montadas diversas tasquinhas e stands gastronómicos. Os visitantes podem saborear uma grande variedade de pratos confecionados com peixe fresco local, desde as tradicionais caldeiradas e cataplanas até preparações mais contemporâneas que demonstram a versatilidade do pescado algarvio.

Os produtos apresentados incluem uma vasta seleção de peixes e mariscos locais, como dourada, robalo, sargo, polvo, lulas, carapaus e sardinhas. Cada tasquinha oferece especialidades próprias, permitindo aos visitantes experimentarem diferentes formas de preparação do pescado. O evento destaca-se também pela presença de conserveiras locais que apresentam os seus produtos artesanais.

As atividades do festival vão além da gastronomia, incluindo showcookings com chefs reconhecidos que partilham técnicas e receitas tradicionais. O programa contempla ainda demonstrações de arte xávega, uma antiga técnica de pesca artesanal, exposições sobre a história piscatória de Lagos e workshops sobre a preparação e conservação de pescado.

A animação musical é uma componente importante do festival, com atuações diárias de grupos locais e artistas convidados que proporcionam um ambiente festivo aos visitantes. O evento inclui também atividades culturais como exposições de artesanato local e demonstrações de artes e ofícios tradicionais ligados à pesca.

O Festival do Pescado atrai milhares de visitantes, desde habitantes locais a turistas nacionais e internacionais. A presença de visitantes estrangeiros é significativa, refletindo o interesse crescente pela gastronomia tradicional portuguesa e pelos produtos do mar algarvios.

A organização do evento está a cargo da Câmara Municipal de Lagos em colaboração com associações locais de pescadores e restaurantes da região. O horário de funcionamento estende-se geralmente das 19h00 à 00h00, permitindo aos visitantes desfrutarem de jantares num ambiente descontraído e familiar.

O Festival do Peixe Espada Preto de Câmara de Lobos é um evento gastronómico emblemático que se realiza durante o mês de agosto (tradicionalmente entre os dias 8 e 11), na pitoresca baía de Câmara de Lobos, na Madeira.

A história do festival remonta a 1993, quando a Junta de Freguesia local organizou a primeira edição com o objetivo de homenagear os pescadores locais e valorizar este importante recurso marítimo da região. Desde então, o evento tem-se mantido como uma tradição anual, crescendo em dimensão e popularidade ao longo das suas mais de três décadas de existência.

O festival centra-se na promoção do peixe-espada preto, uma espécie que representa mais de 50% do pescado capturado na Madeira. Durante o evento, diversos restaurantes e tasquinhas apresentam diferentes formas de confecionar este peixe, desde as mais tradicionais até interpretações contemporâneas desenvolvidas por chefs conceituados da região.

As atividades do festival incluem showcookings diários com chefs reconhecidos que demonstram a versatilidade do peixe-espada preto na gastronomia madeirense. O programa contempla também exposições sobre a história da pesca deste peixe, demonstrações de artes piscatórias tradicionais e uma forte componente de animação cultural.

O evento destaca-se pela sua oferta gastronómica diversificada que, além do peixe-espada preto, inclui outros pratos típicos da região como atum, camarão, lapas e o tradicional bolo do caco. A poncha, bebida típica madeirense, marca presença constante no festival, contribuindo para o ambiente festivo.

A animação musical é uma componente fundamental do evento, com atuações diárias que incluem música popular, DJs e artistas convidados, transformando a zona ribeirinha num espaço de convívio e entretenimento. O festival conta também com uma área dedicada ao artesanato local e produtos regionais.


A Festa da Anona, realizada na freguesia do Faial, no concelho de Santana, Madeira, é um evento anual que celebra a anona, um fruto tropical de grande importância para a economia e a cultura da região. Criada na década de 1990, a festa surgiu como uma iniciativa dos produtores locais para promover a produção e o consumo deste fruto, que é cultivado principalmente no norte da ilha, até altitudes de 500 metros. Desde então, o evento tem crescido em popularidade, tornando-se uma referência no calendário cultural e gastronómico da Madeira.

O festival ocorre habitualmente nos meses de fevereiro ou março, dependendo das condições climáticas e da época de colheita da anona. Em 2024, por exemplo, a festa está programada para meados de fevereiro. O evento tem lugar no centro da freguesia do Faial, onde são montados pavilhões e espaços expositivos que acolhem produtores, artesãos e visitantes. Este cenário, rodeado pela beleza natural da região, oferece um ambiente acolhedor e autêntico para a celebração.

A anona é o foco principal do festival, sendo apresentada em diversas formas e produtos derivados. Os visitantes podem provar e adquirir anonas frescas, bem como bolos, pudins, gelados, batidos e licores feitos a partir do fruto. Além disso, o evento inclui uma mostra de outros produtos regionais, como mel, compotas, vinhos e artesanato, que refletem a riqueza e a diversidade do património local. A festa é também uma oportunidade para os produtores locais divulgarem as suas técnicas e práticas agrícolas, promovendo a sustentabilidade e a qualidade da produção.

O programa da Festa da Anona é variado e inclui atividades para todas as idades. Um dos destaques são as palestras e workshops sobre novas técnicas de produção e cultivo da anona, que visam apoiar os agricultores e incentivar a inovação no setor. Há também concursos que premiam as melhores anonas e os produtos mais criativos feitos a partir do fruto. A animação cultural é uma parte essencial do evento, com espetáculos de música tradicional, danças folclóricas e atuações de grupos locais, que criam um ambiente festivo e envolvente. Para as crianças, são organizadas atividades lúdicas e educativas, como oficinas e jogos, tornando o evento acessível a toda a família.


O Festival da Poncha e do Mel de Cana é um evento tradicional que decorre em Porto da Cruz, Madeira, realizando-se durante o mês de julho (habitualmente no segundo fim de semana do mês), celebrando dois produtos emblemáticos da cultura madeirense.

A história do festival está intrinsecamente ligada à tradição do cultivo da cana-de-açúcar na Madeira e à produção artesanal da poncha, uma bebida típica da região. O evento nasceu da necessidade de preservar e promover estas tradições seculares, destacando a importância cultural e económica destes produtos para a ilha.

O festival decorre no centro de Porto da Cruz, onde são montadas diversas bancas e stands que oferecem diferentes variedades de poncha, preparadas segundo receitas tradicionais. Os visitantes podem provar a poncha tradicional, feita com aguardente de cana, limão e mel, assim como variações mais contemporâneas que incluem outros frutos e sabores.

O mel de cana, outro protagonista do festival, é apresentado em diversas formas e utilizações, desde a sua forma pura até à sua aplicação em produtos de pastelaria tradicional madeirense. Os visitantes podem observar demonstrações do processo de extração do mel de cana e aprender sobre as suas propriedades e utilizações culinárias.

As atividades do festival incluem workshops sobre a preparação da poncha, demonstrações do processo de moagem da cana-de-açúcar, e showcookings que destacam a utilização do mel de cana na gastronomia local. São também organizadas visitas guiadas ao Engenho do Porto da Cruz, onde os visitantes podem conhecer o processo tradicional de produção de aguardente e mel de cana.

O programa cultural do evento é rico e diversificado, incluindo atuações de grupos folclóricos, bandas filarmónicas e artistas locais. O festival conta também com exposições de artesanato regional e mostras fotográficas que documentam a história da produção de cana-de-açúcar na região.

O evento atrai milhares de visitantes, incluindo residentes locais, turistas nacionais e internacionais interessados em conhecer estas tradições madeirenses. A presença de visitantes estrangeiros tem aumentado significativamente nos últimos anos, demonstrando o crescente interesse internacional pela cultura e gastronomia madeirense.

A organização do festival está a cargo da Câmara Municipal de Machico em colaboração com produtores locais e associações culturais. O horário estende-se geralmente das 10h00 às 24h00, permitindo aos visitantes desfrutarem de um dia completo de atividades e degustações.

O festival tem contribuído significativamente para a preservação das tradições ligadas à produção de poncha e mel de cana, ajudando a manter vivos os conhecimentos e técnicas artesanais passados de geração em geração. Além disso, tem-se revelado um importante motor para o turismo local, atraindo visitantes fora da época alta tradicional.

Durante o evento, os estabelecimentos locais oferecem menus especiais que incorporam o mel de cana em diversos pratos e sobremesas, permitindo aos visitantes explorarem as múltiplas possibilidades gastronómicas deste produto tradicional madeirense.


O Festival do Atum do Funchal, também conhecido como Festival Rota do Atum, é um evento gastronómico que se realiza durante o mês de abril (tradicionalmente entre os dias 24 e 30), celebrando a importância deste peixe para a economia e cultura madeirense.

A história do festival está intrinsecamente ligada à relevância da pesca do atum na Região Autónoma da Madeira, que é responsável por mais de 60% da cota total da pesca deste peixe em Portugal. O evento nasceu da necessidade de valorizar esta tradição piscatória e promover a riqueza gastronómica associada ao atum.

O festival apresenta uma vasta gama de produtos e preparações à base de atum, desde pratos tradicionais até interpretações contemporâneas desenvolvidas por chefs conceituados. Os visitantes podem saborear diversas especialidades como bife de atum, atum grelhado, conservas artesanais e várias outras preparações inovadoras que demonstram a versatilidade deste peixe.

As atividades do festival incluem workshops de culinária com degustação, onde os participantes podem aprender novas técnicas de preparação do atum. O programa contempla também visitas guiadas a atuneiros, permitindo aos visitantes conhecerem de perto as embarcações e compreenderem melhor o processo de pesca.

O evento conta com jantares temáticos diários, cada um apresentando diferentes abordagens à confeção do atum. A curadoria gastronómica está frequentemente a cargo de chefs reconhecidos que lideram uma equipa de profissionais nacionais e internacionais, trabalhando em conjunto com os chefs residentes.

O festival atrai um público diversificado, desde residentes locais a turistas nacionais e internacionais, interessados em descobrir mais sobre esta importante tradição madeirense. A presença de visitantes estrangeiros tem aumentado significativamente ao longo das edições, demonstrando o crescente interesse internacional pela gastronomia madeirense.

A organização do evento está a cargo do Vila Baleira Resort, em colaboração com diversos parceiros locais. O festival tem contribuído significativamente para a promoção da gastronomia madeirense e para a valorização do atum como produto de excelência da região, ajudando a manter vivas as tradições culinárias locais.

O Festival do Caldo de Peixe nasceu em 2013 no âmbito das Festas de São Pedro Gonçalves em Rabo de Peixe, São Miguel, Açores. O que começou como uma pequena tenda no porto de pescas evoluiu para um dos maiores eventos gastronómicos da região, atraindo milhares de visitantes anualmente.

O festival tem como objetivo principal promover e valorizar o peixe dos Açores, especialmente as espécies de menor valor comercial. Um exemplo notável é a cavala, que ganhou destaque através da criação de um hambúrguer inovador logo na primeira edição do festival.

Os produtos apresentados são exclusivamente à base de peixe, incluindo os tradicionais caldos de peixe, hambúrgueres de peixe, tapas e outras especialidades como risoto de peixe. A gastronomia é complementada com malassadas e outros produtos típicos da região.

As atividades do festival incluem música ao vivo, seminários sobre gastronomia e mar, e experiências culinárias. O evento tem uma forte componente solidária, com os lucros das vendas dos caldos de peixe revertendo para apoio educativo das crianças de Rabo de Peixe.

O festival realiza-se anualmente em julho, tendo crescido de tal forma que atualmente recebe mais de 2.000 visitantes por dia, com capacidade para 400 pessoas sentadas simultaneamente. Na sua décima edição em 2024, o festival estabeleceu uma parceria com o RFM Beach Power, expandindo ainda mais seu alcance e atratividade, especialmente junto do público jovem.


O Festival Gastronómico do Chicharro é um evento tradicional dos Açores que celebra um dos peixes mais característicos do arquipélago. O festival realiza-se anualmente durante os meses de julho e agosto, coincidindo com a época de maior abundância desta espécie nas águas açorianas.

O evento tem como principal objetivo promover o chicharro e valorizar a sua importância na gastronomia tradicional açoriana. O chicharro, também conhecido como carapau, é um peixe muito apreciado na região e preparado de diversas formas.

Os produtos apresentados no festival incluem várias especialidades à base de chicharro, desde o tradicional chicharro frito até preparações mais inovadoras como caldeiradas, sopas, e petiscos diversos. O festival conta também com outros pratos típicos da gastronomia açoriana e doçaria regional.

As atividades do festival incluem demonstrações culinárias ao vivo, onde chefs locais mostram diferentes formas de preparar o chicharro. O evento oferece também animação musical com grupos folclóricos e artistas locais, exposições sobre a pesca tradicional, e atividades culturais relacionadas com o mar e as tradições piscatórias.

O festival atrai milhares de visitantes, incluindo locais e turistas, que procuram experienciar a gastronomia tradicional açoriana. É um evento que contribui significativamente para a economia local e para a preservação das tradições gastronómicas da região.


O Festival das Sopas do Espírito Santo é um evento tradicional que celebra uma das mais importantes manifestações culturais e religiosas dos Açores – as Festas do Divino Espírito Santo. O festival realiza-se anualmente durante os meses de maio e junho, período que coincide com as celebrações do Espírito Santo no arquipélago.

Este evento nasceu da tradição secular de servir sopas durante as festividades do Espírito Santo, uma prática que remonta aos primórdios do povoamento dos Açores. As sopas são tradicionalmente servidas nos Impérios, as casas dedicadas ao culto do Espírito Santo, e representam um momento de partilha e confraternização comunitária.

Os produtos apresentados no festival centram-se nas tradicionais sopas do Espírito Santo, que variam de ilha para ilha e até de freguesia para freguesia. A sopa mais comum é feita com carne de vaca cozida, pão caseiro, e um caldo rico em especiarias. Além das sopas, o festival apresenta outros pratos típicos das festas como o pão de massa sovada, arroz doce, e malassadas.

As atividades do festival incluem demonstrações da confeção das sopas, partilha de receitas tradicionais, e explicações sobre os rituais e símbolos associados ao culto do Espírito Santo. O evento é enriquecido com música tradicional, exposições de alfaias religiosas utilizadas nas festas, e apresentações sobre a história e significado das celebrações.

O festival atrai milhares de visitantes, incluindo açorianos da diáspora que regressam especialmente para as festividades, turistas interessados na cultura local, e investigadores do património cultural imaterial. É um evento que promove não apenas a gastronomia, mas também a preservação das tradições religiosas e culturais dos Açores.

O evento tem um forte caráter social e comunitário, mantendo viva a tradição da partilha e solidariedade que caracteriza as Festas do Espírito Santo. Serve também como meio de transmissão deste património cultural às novas gerações, assegurando a continuidade destas tradições seculares.